Eu nunca fui de excessos, mas sempre me considerei vaidosinha. Ia na manicure uma vez por semana, quando sobrava uma grana curtia fazer luzes no cabelo, ia na depiladora, tirar a sobrancelha… Como sou muito desajeitada, nunca conseguia fazer essas coisas sozinhas, mas sempre fui super exigente e chata com serviço.
E isso não mudou na viagem, talvez só tenha diminuído um pouco. Mas agora tive que começar a me virar nos 30 e rebolar pra fazer tudo sozinha!! Primeiro porque jamais economizamos grana pra viagem contando com esse tipo de despesa, e depois porque não é em todo lugar que encontro salões com aquela carinha “confiável”.
Mas lembro que quando fiz as unhas sozinha pela primeira vez, em Budapeste, deixei uns rombos monstruosos nas cutículas que parecia que os dedos iam esfarelar. E esmalte vermelho nem pensar, porque eu mal conseguia passar uma base sem borrar.
A sobrancelha também foi um desastre no começo!! Até aprender a cortar com a tesourinha, fiz umas belas cagadas que tive que disfarçar com lápis escuro por meses… O pé, de tanto andar de chinelo, virou um casco duro que deu o que fazer até eu aprender a dar jeito…E o cabelo virava aquela bagaceira depois de pegar 10 dias de praia ou de vento, que só Jesus dava jeito.
Mas o bom é que fui aprendendo. Agora, depois de quase sete meses, faço as unhas sozinhas e até já consegui pintar as do pé de vermelho escuro!!! As vezes também dou uma picotada nos cabelos com a tesourinha de unha e de tempos em tempos separo aqueles dias de “faxina geral”.
Tenho um kit de coisas que levo sempre na mochila pra esses dias: lixa, acetona, uns 4 esmaltes, tesourinha, alicate, pinça, um creme bem gorduroso pros pés, uma máscara pro cabelo e meu secador, que o Ti as vezes tem votante de tacar pela janela. Ajuda também o fato de estarmos viajando nas gringas e por isso eu sempre encontro algum produto legal por por um preço mais em conta.
Também levo algumas maquiagens pra de vez em quando e basicamente tenho me virado com uma base com protetor solar, lapis pra sobrancelha, rímel e blush. Tenho tanto trauma de carregar muito peso na mochila, que mesmo agora, que estivemos nos EUA, não comprei um batom sequer! As prioridades mudam muito…rs
Mas o fato é que há mais de quatro meses não sei o que é pisar num salão, e tenho sobrevivido bem. Estou até gostando de aprender a fazer tudo por conta, porque é uma boa distração em algumas horas da viagem. Afinal, não é só porque estou vivendo com apenas uma mochila nas costas é que preciso deixar de ser “mulherzinha”, é só se adaptar :)
'Como me viro com as rotinas de mulherzinha na estrada?!' have 1 comment
18 de junho de 2015 @ 15:29 Julia Furquim