Já contamos que a nossa viagem começou no norte da Itália, mas voltamos para três meses depois que eu pudesse finalizar meu processo de cidadania e aproveitamospara fazer outras paradas obrigatórias: Roma e Firenze, passando também por Siena e San Gimignano.
Roma já cansamos de falar: uma das top 5 cidades que visitamos nessa viagem até agora.
ROMA:
Não à toa uma das cidades que apaixonaram Woody Allen. O berço da Itália e outrora maior império do mundo agrada a gregos e troianos. Uma viagem no tempo, não apenas pelo Coliseu ou o antigo senado, mas porque ao entrar em uma Trattoria qualquer você provavelmente vai jantar num lugar mais antigo que o descobrimento do Brasil.
A culinária é incrível: massas, pizzas, nhoques, tudo delicioso. O vinho é ótimo e barato. Além disso tudo, tem o Vaticano, o museu do Vaticano, as missas do Papa às quartas na lindíssima catedral de St Peter.
Tem ruínas, tem obras primas, tem tudo. Até praia tem. E nem precisava.
FLORENÇA:
Se Milão é a Capital da Moda, Florença é a capital da arte. Foi daqui que surgiram grandes nomes do Renascimento como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, Botticelli, Rafael Sanzio e Donatello, e nada menos que 6 Papas. A Família Médici governou a cidade graças ao poder financeiro que vinha do seu controle sob os bancos e ajudou a financiar o pólo artístico que conhecemos hoje.
A cidade também é a casa de Davi, famosa estátua que hoje fica em um cômodo especialmente projetado para ela na belíssima Galleria dell’Accademia. Se o movimento renascentista cultuava o homem e seus feitos, Davi o define em uma só obra. A perfeição do homem nos mínimos detalhes.
Da praça Michelangelo é possível assistir a um espetáculo: Ver o sol se por, explodindo atrás da cidade, iluminando o Rio Arno, e a linda Ponte Vecchio. Florença é incrivelmente romântica, inspirando criatividade até mesmo nas cabeças mais duras, como a minha.
SIENA:
Segundo a lenda, a cidade foi fundada pelo filho de Remo, irmão assassinado por Rômulo – fundador de Roma. Gêmea de Florença, ainda na deliciosa região da Toscana, Siena rivalizava com sua “irmã” em tudo, especialmente nas artes: se uma de destacava pelo movimento renascentista, a outra era pelo Gótico. A rivalidade entre elas durou até a Peste Negra arrasar a população de Siena e fazer com que a cidade perdesse a sua independência, ficando abaixo de Florença.
Andar pelas ruas é também viajar no tempo. Os tijolos à vista e as casas coladinhas umas nas outras dão o tom da cidade. A Piazza del Campo, popularmente conhecida como Praça do Sol, abriga estudantes, turistas, trabalhadores e transeuntes que param para almoçar num lugar delicioso, sentados no chão mesmo, com uma vista privilegiada do centro histórico.
SAN GIMIGNANO:
Uma pequena cidade medieval da Itália, que ainda conserva sua arquitetura e muros intactos que protegeram a cidade. Mas o que atrai aqui não é apenas a arquitetura.
Aqui nasceu e morreu Santa Fina. A lenda diz que ainda criança, adquiriu de uma doença degenerativa que a fez sofrer por 5 anos antes de morrer. Durante seu padecimento, recusou a cama macia e preferia dormir em um tablado de madeira. Antes de falecer, teve uma visão de Santo Gregório, que lhe disse a data exata de sua morte – o que de fato aconteceu. Quando seu corpo foi removido do tablado, violetas cresceram no local, que se espalharam e hoje são encontradas em toda a cidade, marcando a presença dela por quase 800 anos depois.
As violetas de fato estão são pela cidade até hoje e se misturam com o tom alaranjado dos tijolos, que estão nas casas, ruas e muros fortificados. A romântica San Gimignano também é cercada de fazendas e vinícolas que concretizam nossa visão até clichê da Toscana. É impossível visitar e não querer abrir uma garrafa de vinho, sentar e ver o dia passar.
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