A decisão de irmos pra Portugal na primeira fase da viagem foi um parto. O país não estava nos nossos planos originais e teríamos que gastar um dinheiro que não estava previsto com as passagens. Mas também estávamos tão cansados do frio bruto do norte que resolvemos flexibilizar o roteiro e seguir em frente.
E logo que a gente chegou, tudo começou a fazer sentido: Lisboa nos recebeu com sol e muito calor, principalmente humano.
Já no primeiro dia sentimos uma alegria besta só de sentarmos na beira do rio Tejo e sentir o sol batendo no rosto. Foi aí que comecei a me dar conta do quanto o sol (não necessariamente o calor) deixa as pessoas mais felizes.
Foi em Lisboa também onde demos muita sorte de nos hospedar num hostel sensacional e passar alguns dias, incluindo o Natal, com pessoas divertidíssimas – muitos brasileiros e latinos que viviam na Europa e também estavam atrás de um pouco mais de calor e de familiaridade para o Natal. E encontrar essa familiaridade no idioma, nas referências, nas comidas…tudo isso contribuiu para tornar mais feliz aquele nosso momento da viagem.
Não conhecemos todo o país, mas os lugares em que tivemos oportunidade de passar foram compensadores. A cidade do Porto tem uma vista tão linda que vai ser pra sempre um retrato na minha memória. Sem contar que é ela toda charmosa a noite, com muita musica de rua e restaurantes abertos até tarde.
Coimbra tem uma atmosfera tão mineira que me fez sentir no Brasil, com aquele monte de ladeiras e republicas universitárias, cheia de botequins e cartazes de estudantes ao redor.
O Cabo de La Roca nos proporcionou um dos pôr do sol mais bonitos que já vimos na vida. Esse lugar fica localizado no ponto mais ocidental da Europa e é um pedacinho especial do mundo.
E a cidade de Sintra parece uma viagem ao passado. Influenciada pela época em que foi dominada pelos muçulmanos, esbanja um monte de jardins belíssimos, mansões e castelos.
Além de encontrar em cada cidade alguma coisa muito especial, valeu a pena ter vivido esses dias para entender melhor nossas referências como brasileiros – como dizer tudo no diminutivo, fazer de todas as ocasiões uma festa, tomar café o tempo todo, ver casinhas coloridas e grudadas, dar valor a comer bem… somos descendentes escarrados dos portugueses!
Conversando com o Ti, acho que tanto eu quanto ele não poderíamos imaginar lugar melhor para estar naqueles dias. é claro que nem tudo sao flores, mas preferimos nos apegar no que ficou de bom. Foi um fim de ano feliz e abençoado!
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